Achismos sobre Internet

|

Uma pesquisa americana mediu 608.063 fixações de olhar e 24.530 cliques de mouse para constatar o que muitos já desconfiavam: só depois de olhar o texto – ou, em muitos casos, de lê-lo na íntegra – é que os internautas se voltam para as fotos e gráficos. O estudo reuniu gente de peso – pesquisadores da Universidade de Stanford e do Instituto Pointer, reunidos no Projeto Stanford Poynter – que há quatro anos vem estudando em profundidade o comportamento do leitor de notícias online.
Eles começaram filmando os usuários de Internet em suas casas e escritórios. Há dois anos, sofisticaram o instrumento de análise e passaram a usar um “medidor de olhar” para conhecer o comportamento do internauta em detalhes. O medidor monitora a direção e movimento dos olhos do usuário para saber, por exemplo, quanto tempo ele se detém em cada informação, se lê os artigos inteiros ou só as manchetes, a importância dos gráficos e das fotos etc.


A pesquisa conclui que a maneira de “fisgar” o leitor online é através do texto, do conteúdo – exatamente o contrário do que ocorre nos jornais e revistas impressos, nos quais as imagens são o principal chamariz para atrair a atenção.
Esse resultado deveria inspirar, de uma vez por todas, os web-designers e os empresários. Não tem sentido os sites cheios de imagens que piscam, pulam, cantam e só enchem a nossa paciência. O problema é que todo mundo diz isso, há algum tempo, mas poucos praticam. Os web-designers em geral são fanáticos por tecnologia e não conseguem dispensar a ferramenta mais recente, a coisa mais nova, o pisca-pisca mais exuberante. E poucos empresários se dão ao trabalho de testar o site como um internauta normal, num computador pouco turbinado, e em conexão por telefone – e, assim, acabam comprando gato por lebre.

Fonte : blog.capixabao.com


---------------------------------------------------------------------------
Meu achismo: É verdade. Eu pelo menos presto mais atenção às notícias que nas imagens, mas como na internet tudo é "ralo", com pouca profundidade, nem é minha fonte primordial de informação (cometi uma heresia?). Dou mais importância aos vídeos. Gosto de vídeos.


3 comments:

Jean said...

Concordo em partes com a pesquisa. Realmente as ferramentas praticadas pelos sites de uso de imagens através de janelinhas de forma abusiva, prejudica e atrapalha a motivação do internauta de absorver tal mensagem. Muitos deixam o conteúdo, que seria o principal foco de interesse da homepage, para trás abandonando-a ou partindo para outros sites.
Porém, não ficou claro que tipo de público foi submetido à tal pesquisa, se são os recentes internautas (crianças que possivelmente já cresceram com um PC conectado à net e que se utilizam da Internet como principal meio de estudo e informação) ou jovens-internautas que tiveram como base o jornal, a revista e que talvez a depender do tema uma imagem pode significar tudo naquele contexto de forma tão ou mais eficiente do que o próprio texto e não seja necessário a recorrer a este.
Voltando ao ponto inicial, o meu achismo é de que o problema não são as imagens, e nem que ela seja mais importante que o próprio conteúdo. Ambos podem caminhar juntos. Ou em certos momentos uma vai ser titular da outra e vice-versa. Seria uma maneira radical em analisar e concluir que o conteúdo textual é o mais importante na Internet. Imagem também é conteúdo. O erro está na forma de como as imagens são apresentadas. De como elas nos afetam de maneira negativa. De como elas são apelativas. E o momento em que elas aparecem ou surgem saltando da tela, enquanto estamos com o raciocínio direcionado a um "conteúdo". É de se pensar...

Jean said...

Lembrando que imagem também é conteúdo :P

Anonymous said...

Por que que não fiquei sabendo do seu achismo antes?

 

©2009 ACHISMO | Template Blue by TNB